segunda-feira, 14 de maio de 2007

Quando Beatriz e Caiana te perguntarem, Dionísio,
se me amas, podes dizer que não.
Pouco me importa
ser nada à tua volta,
sombra, coisa esgarçada
no entendimento de tua mãe e irmã.

A mim me importa, Dionísio, o que dizes deitado ao meu ouvido
e o que tu dizes nem pode ser cantado
porque é palavra de luta e despudor.
E no meu verso se faria injúria
E no meu quarto se faz verbo de amor.

(Poema V de Ode Descontínua e Remota para flauta e oboé..., de Hilda Hilst - Zeca Baleiro e voz de Ângela Ro Ro)

Um mês sem postar...
O silêncio sempre tem algo a dizer... tento aprender com ele...

3 comentários:

Anônimo disse...

Carol, eu veio sempre fuçar o teu blog, mas eu não custumo comentar, porque "aluno" nao tem se meter na vida da professora :P (que pensamento pré historico, mas vai saber auhua)
Mas, como no post anterior eu vi um comentario da Rahysa te elogiando, resolvi tomar coragem e comentar aqui também, quer isso seja bom.. quer não. (viu? to pegando suas manias e seus vicios de linguagem ) TÁÁ? uahuah

Entããão, no mais, é só isso.. Gosto demais do seu blog, sempre que posso to lendo as suas 'confissoes' e tmb curto muito suas aulas, então não se abala quando uns e outros preguiçosos não queiram falar sobre "o que é ser brasileiro" como se isso nao fosse seu conteúdo, tá? continua assim. :*

ps: inocentano pandora ta jogado as moscas?

Caroline J. Cubas disse...

Vocês alimentam minh´alma... agora que sei que vocês leem vou até atualizar com mais frequencia...
:)
Beijo e valeu a força!!!
A Pandora foi dar um passeio mas retorna em breve...

Unknown disse...

Essa música ficou belíssima na interpretação de RoRo. Obrigada por tê-la escrito, procurei por todos os sites de Hilda Hilst e não encontrei.