sexta-feira, 23 de março de 2007

sábado, 17 de março de 2007

Eu amo o Tom Zé!

Companheiro Bush
Tom Zé
Composição: (Tom Zé)

Se Você Já Sabe Quem
Vendeu Aquela Bomba Pro Iraque,
Desembuche.
Eu Desconfio Que Foi O Bush.
Foi O Bush,
Foi O Bush.
Foi O Bush.

Onde Haverá Recurso
Para Dar Um Bom Repuxo
No Companheiro Bush.
Quem Arranja Um Alicate
Que Acerte Aquela Fase
Ou Corrija Aquele Fuso,
Talvez Um ParafusoQue Ta Faltando Nele
Melhore Aquele Abuso.
Um Chip Que Desligue
Aquele Terremoto,
Aquela Coqueluche.

Se Você Já Sabe etc.

Cada um trabalha com o quem... As microrevoluções começam pelas vias mais surpreendentes...blogs, músicas, sala de aula...

Esses dias estava dialogando com uma pessoa (uma aluna) que não estava muito disposta a dialogar. Quando eu falava a respeito das minhas opiniões e objetivos sobre a educação e o fato de ser professora ela me disse: "Ai Carol, não te ilude!"
Fiquei pensando sobre aquilo...
Acho que eu prefiro assumir minha ilusão.
Prefiro lutar por ela (e praticá-la) que me conformar e viver em um mundo desencantado...

Reencantemos o mundo!

segunda-feira, 5 de março de 2007

A História também sofre com o Calor...

Desculpem pelos séculos sem apresentar nada novo... Essas têm sido loucas semanas...

Está realmente tão quente, mas tão quente que até pra postar algo a gente é acometido por desânimo absurdo. Venho aqui agora por uma causa nobre...
O calor dos últimos dias têm sido amplamente discutido na blogosfera e fora dela... Questões relativas ao aquecimento global, ao comprometimento das instâncias (ir) responsáveis e às possibilidades de atuação dos sujeitos, através de atos cotidianos ou ações afirmativas, enfim... virou pauta de todos os dias... (o que é plenamente legítimo!)

Porém, hoje tocaram em meu âmago... no fundo do meu ser... no coração de meu coração (como diria Shakespeare). A História (salve salve) também está condenada a morrer de calor. Pois é...
Para o trabalho historiográfico, para as pesquisas que vão originar livros e artigos, o historiador precisa pesquisar... para as pesquisas precisamos de FONTES!!! E são elas que estão com dias contados... Muitas dessas fontes são registros escritos, fonograficos ou fotográficos. Por serem material muito antigo e sensibilíssimo, precisam de cuidados especiais e manutenção referentes às condições em que são arquivadas... Precisam de ambiente climatizado, com umidade controlada... Deem uma olhada na notícia abaixo e compreendam meu desespero...

"Um patrimônio de cinco quilômetros de documentos, 45 mil imagens (sendo 15 mil de Augusto Malta), 2.500 livros, 300 filmes e 800 fitas de acervo sonoro está ameaçado pelo calor e pela umidade no arquivo geral da Cidade, no Centro. Localizado na Rua Amoroso Lima 15, o prédio onde está guardada boa parte da história da cidade está sem ar-condicionado há cerca de quatro meses. O horário de atendimento ao público, até então de 9h às 17h, foi reduzido em duas horas para atenuar o efeito “sauna”, ao qual empregados e pesquisadores estão sendo submetidos. O terceiro andar, onde estão códices (conjuntos de documentos encadernados) dos séculos XVII e XVIII, é um dos mais quentes.

Segundo Adriana Rollos, coordenadora de Preservação do Acervo do Arquivo Nacional, semana passada os responsáveis pelo Arquivo da Cidade a procuraram buscando ajuda para que nos arquivos climatizados de lá fique parte do material ameaçado.

Ele busca recursos para criar um novo banco de matrizes de três graus de temperatura e 30% de umidade para conservar parte de seu acervo, assim como o de outras instituições que necessitarem .

— Vamos procurar atender. A primeira linha de defesa de um acervo é o controle da temperatura e da umidade do ar, que estabiliza o processo de deterioração, aumentando o tempo de vida do material. Nossa maior preocupação é com o acervo audio-visual deles — explica Adriana, acrescentando que microfilmes e negativos fotográficos são mais sensíveis e precisam ser acondicionados em locais com temperatura entre 18 graus e três graus negativos, e umidade de 45% a 30%. — Os documentos em papel têm que ficar aclimatados a 20 graus, com 50% de umidade.

Especialista da Funarte também risco de fungos Nazareth Curi, especialista em conservação de material fotográfico do Centro de Conservação e Preservação Fotográfica da Funarte, também chama a atenção para o perigo: — Com a temperatura elevada do verão e a umidade acima de 60%, há grande risco de proliferação de fungos. Isto provoca a contração e a distensão da gelatina presente em fotos e negativos, acarretando danos que não são vistos imediatamente.

A secretaria municipal das Culturas chegou a contratar uma empresa para resolver o problema do ar condicionado, mas o serviço foi suspenso. Em nota, a secretaria informa que a instalação do sistema de refrigeração do arquivo geral da Cidade é prioridade, e que os recursos já foram solicitados à secretaria de Fazenda. A estimativa é de que até o fim do mês eles sejam liberados. A secretaria afirma ainda que o acervo não corre riscos.

Fonte: Jornal O Globo - 03/03/2007"