Modéstia à parte... Modéstia parte... Modéstia? Aparte!
A língua portuguesa é o máximo! É uma das minhas paixões junto com a história, filosofia, literatura e a física (sim, a física!). Mas não vou falar dela agora, nem de gramática e muito menos de figuras de linguagem (tem algo mais divertido que isso?).
Voltemos à modéstia. Semanas atrás fui acusada de ser imodesta! Tudo bem, relevei (uma pessoa entrou de gaiato numa brincadeira e levou as coisas a sério demais – o mundo anda mal-humorado, não?). Mas fiquei intrigada... Qual é, afinal, a vantagem em ser modesto? Imaginemos situações:
1) Você é músico. Passa horas da sua vida dedicando-se à composição e a algum instrumento particular. Certo dia, marcam uma audição para apresentares teu trabalho. Você vai lá, faz o melhor de si e espera as opiniões. Após alguns minutos, os jurados vem e falam assim: - Muito bem, pessoa...Tua apresentação foi modesta!
2) Estás apaixonado. É início de namoro. Passas a tarde na net procurando receitas de molhos, saladas, sobremesas, vinhos e queijos. Compra velas, decora a mesa, queima a barriga no fogão e rala os dedos no ralador. Depois do jantar a criatura adorada vem docemente dar uma opinião: - Benhêeeee...Amei o jantarzinho modesto que você fez...
3) Você está no ensino médio. Um professor passa um trabalho que, por algum motivo alheio a tua vontade, te empolga. Você pesquisa, queima pestana sobre os livros, pergunta, se informa, lê, lê, lê, escreve, escreve, escreve e entrega o que considera o máximo de si. Passam três semanas e o profe decide entregar os textos com recadinhos. No teu está assim: - 8. Trabalho modesto, mas caprichado.”
Como você agiria nessas situações (hipotéticas, claro...espero que nunca aconteça com você). Pergunto, então: Até que ponto ser modesto é bom?
Para auxiliar na reflexão:
http://www.citador.pt/pensar.php?op=10&refid=200610160900
“Quem é modesto em relação às pessoas mostra tanto mais em relação às coisas (cidade, Estado, sociedade, época, humanidade) a sua pretensão. É a sua vingança!”
(Nietzsche – Humano, demasiado humano)